Esta história apareceu já representada numa miniatura do séc. XII e coincide com a chegada ao mosteiro de Weingarten de uma relíquia do Sangue de Cristo e com a polémica acerca da presença real ou não de Cristo na hóstia consagrada, assunto que ficará dogmaticamente resolvido até ao IV Concílio de Latrão de 1215 em que se formula o principio da Transubstanciação. Contudo, a lenda que se torna popular no século XV e que se reproduzirá profusamente na arte conta que São Gregório estando em Roma, na basílica da Santa Cruz de Jerusalém, enquanto oficiava a uma Sexta-feira Santa, um dos assistentes terá duvidado da presença de Cristo na hóstia consagrada. Desse modo o papa ajoelhou-se e orou diante do altar e apareceu Jesus rodeado das Arma Christi – os instrumentos da Paixão – evidenciando as suas chagas sangrentas enchendo com a do lado o cálice que estava na mesa.


Livros de Horas oferecido pelo Conde Claude de Fonseque à sua irmã a Condessa Countess Helene de Fonseque de Segueres, c.1460, França Ocidenta (Poitou?)


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